A coragem de ser imperfeita. Você tem?
A conversa iniciou com uma reflexão sobre um parágrafo do livro “A Coragem de ser Imperfeito” da Brené Brown:
“Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornamos perfeitos para entrar na arena da vida, sacrificamos relacionamentos e oportunidades que podem ser irrecuperáveis, desperdiçamos nosso precioso tempo e viramos as costas para os nossos talentos”.
Pare um minuto e pense quantas vezes isso aconteceu, quantas foram as oportunidades que desperdiçamos e porque deixamos acontecer. Apesar de nos sentirmos em parte culpadas, carregamos também muitas imposições de uma sociedade que cobra que a nossa vulnerabilidade e as nossas inseguranças sejam maquiadas e mascaradas, pois devemos ser fortes o tempo inteiro, não podemos errar, não podemos ter defeitos e nem fraquezas.
Porém, sabemos que isso não é uma verdade, não somos perfeitas, carregamos imperfeições e podemos usar elas ao nosso favor começando pela aceitação. Ao reconhecer que possuímos uma “luz” e uma “treva” passamos a encarar o que de fato são esses extremos e olhamos com mais generosidade e sinceridade para nós mesmas
Para aceitarmos quem nós somos, precisamos de muita coragem. Muitas vezes nós tentamos fugir desse olhar, não trazemos ao nível da consciência essas imperfeições, pois ao enxergamos as nossas vulnerabilidades temos a sensação que estamos admitindo nossas fraquezas. Porém, enxergar a vulnerabilidade como fraqueza é assumir que sentimentos são fraquezas, o que é muito perigoso, pois não sentir limita nosso sonhos, nossas oportunidades e nossos talentos.
Claro que não podemos agir, somente, motivadas pelos sentimentos, porém não podemos negá-los. Nesse sentido, para que esse processo de aceitação seja conduzido com equilíbrio precisamos acolher essas imperfeições e trabalhar em cima delas para nos tornarmos nossa melhor versão.
Quando aceitamos, realmente, quem somos e as decisões que tomamos abraçamos a vida com mais amor-próprio. Passamos a compreender que a ousadia de ser quem você é, de apostar nas próprias ideias e no potencial criativo tem muito valor. Deixamos que a nossa verdade seja expandida e aprendemos com as nossas “fraquezas”, não permitindo que elas nos controlem.
Sabemos que esse caminho de aprendizagem não é simples e que é preciso investir muito para o alcançar o autoconhecimento verdadeiro e, muitas vezes, vamos ser julgadas por outras pessoas e não podemos deixar que esse fato desestimule a nossa coragem. Para enfrentar tais situações, precisamos analisar criticamente o que nos foi apontado, porque as imperfeições são diferentes de pessoa para pessoa. O que é errado e ruim para mim pode não ser para o outro e está tudo bem, somos diferentes e o que, realmente, importa é que os nossos valores pessoais estejam assegurados de respeito e amor com o próximo. Não seremos perfeitas, mas devemos estar comprometidas e atentas para alinhar nossos valores com as nossas atitudes.
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Francielle de Cezaro – Psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas e Professional Self Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching. Sócia da Gestora Desenvolvimento Humano e Empresarial

Adriana Mayer – Psicóloga (CRP 07/22997), Especialista em Psicanálise e Terapia Sistêmica. Trabalha com desenvolvimento humano, ministrando palestras para mulheres e pais. Proprietária e desenvolvedora do método da Escola Universo Eneagrama, ministra esse treinamento de autoconhecimento em cinco estados brasileiros. Romancista e poetisa – publicou 2 livros “Estava escrito” e “Estrelaços”.

Nathalia Pauletto Corá – estudante de Medicina da IMED. Diretora do Pilar Bem-Estar da Lídera. Coordenadora do Projeto Fênix – projeto de combate à violência contra a mulher
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